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ARTIGOS

25.04.2018

CUIDADOS PALIATIVOS (Parte 2)

Em 1960, a médica inglesa Cicely Saunders acrescentou ao conhecimento da dor, o conceito de dor total que envolve todo o ser, em sua dimensão física e psíquica. Além da dor física, existe o medo de morrer, o medo do desconhecido, a solidão e a religiosidade. Tais questões circundam os últimos dias das pessoas.

Grande parte dessas aflições e questionamentos decorrem de que a atual sociedade não se preparou culturalmente para a morte. Existe uma questão cultural de só se pensar na partida quando se chega o aviso de que este período findou. O exercício de pensar na própria morte remete à ideia do que não se pode mudar ou fugir; então simplesmente não se fala sobre ?ela?.

Independente de questão social ou financeira, a sociedade moderna é estabelecida em um mundo capitalista e de consumo, em que guardar uma poupança ou fazer um mútuo funerário na maior parte das vezes não é prioridade. Uma abordagem profissional pode atenuar os efeitos dessa situação inexorável do passado, do presente e tranquilizar o futuro.

Deveria se preparar todas as pessoas desde o seu nascimento para a partida, pois essa é a única certeza que se tem.

Os princípios dos cuidados paliativos são:

Fornecer alívio para dor e outros sintomas estressantes como fraqueza muscular, anorexia, falta de ar e outras emergências.

Reafirmar vida e a morte como processos naturais. Não apressar ou adiar a morte.

Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de cuidado do paciente.

Oferecer apoio para a família lidar com a doença do paciente, em seu próprio ambiente, incluindo aconselhamento e suporte ao luto.

Oferecer um sistema de suporte para ajudar os pacientes a viverem o mais ativamente possível até sua morte.

Os pontos considerados fundamentais no tratamento são:

A unidade de tratamento compreende o paciente e sua família.

Os sintomas do paciente devem ser avaliados rotineiramente e gerenciados de forma eficaz com intervenções ativas.

As decisões relacionadas à assistência e tratamentos médicos devem ser feitos com base em princípios éticos.

Os cuidados paliativos devem ser fornecidos por uma equipe interdisciplinar, fundamental na avaliação de sintomas em todas as suas dimensões, na definição e condução dos tratamentos farmacológicos e não farmacológicos, imprescindíveis para o controle de todo e qualquer sintoma.

A comunicação adequada entre equipe de saúde e familiares e pacientes é a base para o esclarecimento e favorecimento da adesão ao tratamento e aceitação da proximidade da morte.

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