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ARTIGOS

10.04.2018

CUIDADOS PALIATIVOS (Parte 1)

Nos últimos anos a população idosa está aumentando substancialmente, bem como famílias compostas por uma única pessoa.

Na sociedade atual, o indivíduo é valorizado por sua produção, perdendo seu valor quando adquire uma doença incapacitante ou crônica.

Contudo, no Brasil, a prática dos cuidados paliativos ainda é desconhecida da maioria da população e, principalmente, dos profissionais de saúde. Pior que isso, é a compreensão equivocada dos cuidados paliativos como a indução da morte, denominada de eutanásia.

Os cuidados paliativos suspendem apenas os tratamentos considerados fúteis, como a distanásia, e não induzem à morte, mas consideram-na um processo natural da vida. Esse procedimento é denominado ortotanásia.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), "cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais".

Hipócrates, nos primórdios da medicina, ensinava que o médico devia ?curar quando possível, aliviar quando a cura não for possível e consolar quando não houver mais o que fazer?.

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À medida que a doença progride, o tratamento curativo deixa de ser razoável e ações paliativas passam a ser desenvolvidas, evitando terapias incapazes de atender objetivos fisiológicos, que não aumente a sobrevida e não melhore a qualidade de vida do doente.

Dentre os principais sintomas a serem identificados e tratados num plano terapêutico do paciente em cuidados paliativos, estão: disfagia, emagrecimento, dor, dispnéia, vômitos, diarréia, tosse, feridas, ansiedade e depressão.

A morte deve ser repensada como sendo um processo natural e parte integrante da vida do ser humano, apesar dos atuais aparatos tecnológicos. Manter um ambiente tranquilo e confortável, com os entes queridos próximos e um profissional de saúde próximo para tirar eventuais dúvidas é muito importante, visto que este momento será lembrado pelos familiares.

A finalidade dos cuidados paliativos é dar dignidade à pessoa doente, vulnerável e limitada, preservando-a e dando-lhe o máximo conforto neste momento de transição.

Considerando a carga devastadora de sintomas físicos, emocionais e psicológicos que se avolumam no paciente com doença terminal, faz-se necessário um diagnóstico precoce e condutas terapêuticas antecipadas, dinâmicas e ativas, respeitando-se os limites do próprio paciente.

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